Você conhece todos os seus pensamentos? É bem possível que não! Eles ocorrem de maneira independente e influenciam na forma como você se sente e age. Mas como lidar com isso? Venha conferir!
Já falamos aqui sobre o que são as crenças. E vimos também que as crenças nucleares formam as crenças intermediárias (atitudes, regras e pressupostos), que geram os pensamentos automáticos. Esses, por sua vez, geram reações emocionais, fisiológicas e comportamentais.
Um grande número dos pensamentos que temos a cada dia não são totalmente conscientes, eles se encontram logo abaixo da superfície da mente totalmente consciente (na pré-consciência), e ocorrem de forma rápida à medida que interpretamos o significado de acontecimentos em nossas vidas. Geralmente essas interpretações não são muito raciocinadas, mas se apresentam na forma de pensamentos rápidos e avaliativos, que surgem espontaneamente, e podem nem ser percebidos.
Esses pensamentos são chamados de “pensamentos automáticos”, e podem aparecer na forma de palavras ou imagens mentais. Eles são tão naturais que nem percebemos que são pensamentos, e julgamos como "nossas opiniões", "nosso modo de ver o mundo" e, por isso, dificilmente os questionamos. Mas eles podem ser reconhecidos e entendidos se nossa atenção for voltada para eles.
Mas podemos ter pensamentos automáticos negativos ou distorcidos?
Às vezes, os pensamentos automáticos podem ser logicamente verdadeiros e podem ser uma percepção adequada da realidade da situação. Mas se as nossas crenças nucleares forem negativas, os pensamentos automáticos serão desadaptativos ou distorcidos, e nos farão comer erros de pensamento, gerando emoções dolorosas e comportamentos disfuncionais.
Um dos indícios mais importantes dos pensamentos automáticos é a presença de emoções fortes. Então uma dica para você exercitar "pensar sobre o seu pensamento" é:
⚠️ Sempre que tiver uma emoção forte repentinamente, se pergunte: "O que está passando pela minha cabeça?" e refaça os passos dos seus últimos pensamentos versus os últimos acontecimentos que vivenciou. Quando chegar naquele pensamento que te gerou a emoção, você provavelmente sentirá a emoção novamente. Anote esse pensamento e converse com seu Psicólogo. 🙂
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Referência: Aprendendo a Terapia Cognitivo-Comportamental - de J. H. Wright, M. R. Basco e M. E. Thase
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